Sumário
Introdução
A segurança contra incêndio em instalações de cabeamento estruturado é um aspecto crítico, frequentemente subestimado em projetos focados primariamente na velocidade de transmissão de dados e na durabilidade dos componentes. No entanto, a escolha adequada dos cabos de telecomunicações representa uma decisão estratégica que pode ser a diferença entre a contenção rápida e eficaz de um incêndio e sua propagação descontrolada, com potenciais consequências devastadoras, incluindo perdas materiais significativas e, o mais grave, risco à vida humana.
Em cenários de incêndio, cabos inadequados podem atuar como vetores de propagação das chamas, conduzindo o fogo através de dutos, shafts e outros espaços de construção, além de liberarem fumaça densa e tóxica. Essa fumaça compromete drasticamente a visibilidade, dificulta os esforços de evacuação e pode conter gases letais como monóxido de carbono e cianeto de hidrogênio. Estatísticas alarmantes indicam que aproximadamente 40% dos incêndios em edifícios comerciais têm sua origem em falhas ou sobrecargas em instalações elétricas e de telecomunicações, sublinhando a importância vital de uma seleção criteriosa e informada dos cabos utilizados. Por exemplo, um curto-circuito pode iniciar um incêndio que se propaga rapidamente através de cabos de baixa qualidade.
A Norma Brasileira NBR 14705, estabelecida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), desempenha um papel crucial e mandatório nesse contexto. Sua última revisão, realizada em 2010, estabelece critérios de classificação para cabos internos de telecomunicações, baseados em seu comportamento específico quando expostos ao fogo. A norma define métodos de ensaio padronizados e rigorosos, bem como requisitos de desempenho mínimos que os cabos devem atender para serem classificados em diferentes categorias. Essa classificação fornece um guia essencial e objetivo para engenheiros, projetistas e instaladores na escolha dos cabos mais adequados para cada aplicação e ambiente, considerando fatores como a altura do edifício, a ocupação do espaço e a presença de sistemas de detecção e supressão de incêndio.
Alinhada com padrões internacionais de referência, como as normas UL (Underwriters Laboratories) dos Estados Unidos e as normas IEC (International Electrotechnical Commission), a NBR 14705 assegura que as instalações brasileiras possam atingir níveis de segurança contra incêndio equivalentes aos mais altos padrões globais. Essa harmonização facilita a importação e o uso de tecnologias e materiais de ponta, ao mesmo tempo em que garante a interoperabilidade e a comparabilidade dos resultados de testes.
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A Norma Brasileira NBR 14705
A NBR 14705, intitulada “Cabos internos para telecomunicações – Classificação quanto ao comportamento frente à chama”, é uma norma técnica crucial para a segurança contra incêndios em instalações de telecomunicações no Brasil. Elaborada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), sua última revisão ocorreu em 2010, incorporando práticas avançadas de segurança e alinhando-se com padrões internacionais. É importante notar que a ABNT é o órgão responsável por criar e atualizar as normas técnicas brasileiras, garantindo que elas reflitam o estado da arte em termos de tecnologia e segurança.
O objetivo principal da NBR 14705 é estabelecer critérios rigorosos para classificar cabos internos de telecomunicações com base em seu comportamento quando expostos ao fogo. Essa classificação é fundamental para garantir níveis adequados de segurança em diversos ambientes, minimizando os riscos de propagação de incêndios, a emissão de fumaça tóxica e a liberação de gases corrosivos que podem danificar equipamentos eletrônicos sensíveis. A norma visa proteger vidas e bens, estabelecendo requisitos claros para o desempenho dos cabos em situações de incêndio.
O escopo da norma abrange uma ampla gama de instalações onde cabos de telecomunicações são comumente utilizados, incluindo:
- Edifícios comerciais e corporativos: Escritórios, centros de atendimento, e outros espaços onde a infraestrutura de telecomunicações é essencial para as operações diárias.
- Instalações residenciais: Prédios de apartamentos, casas e condomínios, onde a segurança dos moradores é primordial.
- Data centers: Ambientes críticos que abrigam servidores e equipamentos de armazenamento de dados, exigindo proteção máxima contra incêndios para evitar interrupções nos serviços e perda de informações.
- Instituições educacionais: Escolas, universidades e centros de pesquisa, onde a segurança dos alunos e funcionários é uma prioridade.
- Estabelecimentos de saúde: Hospitais, clínicas e laboratórios, que necessitam de sistemas de telecomunicações confiáveis e seguros para garantir o atendimento aos pacientes.
- Edifícios governamentais: Prédios públicos e repartições governamentais, que devem seguir rigorosos padrões de segurança.
- Instalações industriais: Fábricas, armazéns e plantas industriais, onde a presença de materiais inflamáveis aumenta o risco de incêndios.
A NBR 14705 se aplica a diversos tipos de cabos utilizados em sistemas de telecomunicações, como:
- Cabos metálicos de par trançado (UTP, STP, FTP): Utilizados em redes Ethernet para transmissão de dados. A norma especifica requisitos diferentes para cabos com diferentes níveis de blindagem (Unshielded Twisted Pair, Shielded Twisted Pair, Foiled Twisted Pair).
- Cabos coaxiais: Comumente empregados em sistemas de televisão a cabo e conexões de antenas.
- Cabos de fibra óptica: Utilizados em redes de alta velocidade e longa distância, como em backbones de redes de telecomunicações. A norma considera diferentes tipos de fibras ópticas (monomodo e multimodo) e seus respectivos revestimentos.
A norma estabelece métodos de ensaio detalhados para avaliar:
- Propagação vertical da chama: Mede a velocidade com que a chama se espalha ao longo do cabo, determinando se ele é capaz de retardar ou impedir a propagação do fogo. O teste envolve a aplicação de uma chama controlada na parte inferior do cabo e a medição da distância percorrida pela chama em um determinado período de tempo.
- Densidade de fumaça emitida: Avalia a quantidade de fumaça gerada pela queima do cabo, que pode dificultar a visibilidade e aumentar o risco de intoxicação. A densidade da fumaça é medida por meio de um equipamento que mede a atenuação da luz ao passar pela fumaça gerada durante o teste de queima.
- Emissão de gases tóxicos e corrosivos: Analisa a composição dos gases liberados durante a combustão do cabo, identificando a presença de substâncias perigosas que podem causar danos à saúde e corrosão de equipamentos. Os gases são coletados e analisados por meio de técnicas de cromatografia e espectrometria de massas.
Além disso, a NBR 14705 se alinha com outras normas relevantes, como a ABNT NBR 5410 (Instalações elétricas de baixa tensão), IEC 60332 (Testes em cabos elétricos e de fibra óptica sob condições de fogo) e NFPA 262 (Standard Method of Test for Flame Travel Along Cables and Wires), garantindo que as instalações brasileiras atinjam níveis de segurança comparáveis aos padrões internacionais. Essa harmonização facilita a importação e exportação de produtos e serviços, além de promover a adoção de melhores práticas em segurança contra incêndios.

Classificações de Cabos: Detalhamento e Aplicações
CMX (Cabo Metálico)
Características principais:
- Oferece proteção básica contra a propagação de chamas, sendo a opção de menor custo e proteção.
- A capa é tipicamente feita de PVC (Polyvinyl Chloride – Policloreto de Vinila) com uma concentração limitada de aditivos retardantes de chama. Esses aditivos ajudam a retardar a ignição e a propagação do fogo, mas em menor grau quando comparado com outros tipos de cabos.
- É submetido ao teste de chama vertical UL 1581 VW-1 (Vertical Wire – 1), que avalia a capacidade do cabo de autoextinguir-se após a remoção da fonte de ignição. O teste VW-1 é um padrão mínimo de inflamabilidade.Também é submetido ao teste de propagação vertical de chama conforme a ABNT NBR NM-IEC 60332-1.
- Não possui requisitos específicos relacionados à densidade da fumaça emitida em caso de incêndio. Isso significa que, quando queimado, o cabo CMX pode produzir uma quantidade significativa de fumaça, o que pode dificultar a visibilidade e aumentar os riscos em um incêndio.
Aplicações e limitações:
- Ideal para uso em residências unifamiliares e pequenos escritórios onde o risco de incêndio é considerado baixo e as exigências de segurança são mínimas.
- Pode ser utilizado em instalações temporárias, como em eventos ou feiras, desde que haja supervisão constante para monitorar a segurança e evitar sobrecargas ou danos aos cabos.
- A região exposta do cabo, ou seja, a parte não protegida por conduítes ou outros revestimentos, não pode exceder 3 metros de comprimento. Isso visa limitar a quantidade de material inflamável exposto em caso de incêndio.
- O diâmetro externo do cabo não pode ser superior a 6,4 mm. Essa restrição visa garantir que o cabo possa ser facilmente instalado e manuseado em espaços confinados.
- Não é adequado para instalações verticais, como em shafts de edifícios, ou em plenums (espaços utilizados para circulação de ar), devido à sua baixa resistência à propagação de chamas e à alta emissão de fumaça.
Identificação:
- Em cabos de par trançado, é usada a identificação “CMX”.

Exemplo de uso:
- Conexão de um roteador Wi-Fi a um computador em uma residência, com o cabo instalado dentro da parede e pequenos trechos expostos nas extremidades. Nesse cenário, o cabo CMX pode ser aceitável se as paredes forem feitas de material não combustível e os trechos expostos forem curtos.
- Interligação de dispositivos de áudio e vídeo em um home theater, desde que os cabos não passem por áreas de risco, como perto de fontes de calor ou em locais com pouca ventilação.
CM (Cabo Metálico Geral) e COG (Cabo Óptico Geral)
Características principais:
- Oferece proteção superior contra incêndios em comparação com o CMX, apresentando melhor desempenho na retardação da chama.
- A capa é feita de PVC com aditivos retardantes de chama mais eficazes, que liberam gases não inflamáveis quando expostos ao calor, ajudando a extinguir o fogo.
- É submetido a testes de chama vertical mais rigorosos (IEC 60332-3 ou UL 1685), que simulam condições de incêndio mais severas e avaliam a capacidade do cabo de resistir à propagação vertical das chamas.
- Apresenta menor emissão de fumaça em comparação com o CMX, embora ainda não haja requisitos específicos para a densidade da fumaça.
Aplicações e limitações:
- Adequado para edifícios comerciais de múltiplos andares, para instalações verticais dentro de um mesmo andar ou entre andares adjacentes. O cabo CM ou COG pode ser utilizado para conectar dispositivos em diferentes salas ou escritórios em um mesmo andar, ou para interligar equipamentos de rede em andares adjacentes.
- Pode ser instalado em tubulações com alta ocupação, onde vários cabos são agrupados em um mesmo espaço. Nesses casos, a proteção adicional contra incêndios do cabo CM/COG ajuda a reduzir o risco de propagação do fogo entre os cabos.
- Recomendado para ambientes sem fluxo de ar forçado, onde a propagação das chamas tende a ser mais lenta.
- Não é adequado para uso em plenums ou shafts verticais longos, onde a concentração de cabos e a ventilação podem aumentar o risco de propagação do fogo.
Identificação:
- Em cabos de par trançado, é usada a identificação “CM”.
- Em fibras ópticas, é usada a designação “COG”.
- Em fibras ópticas importadas, as designações “OFN” (não contendo elementos condutores) ou “OFC” (contendo elementos condutores) também podem ser utilizadas para indicar cabos com proteção semelhante ao COG.
Exemplo de uso:
- Rede vertical em um edifício de escritórios de três andares, conectando switches de rede de cada andar através de um shaft dedicado. Nesse caso, o cabo CM ou COG pode ser utilizado para interligar os switches, desde que o shaft não seja utilizado como plenum.
- Instalação de câmeras de segurança em um prédio comercial, com os cabos passando por conduítes verticais entre os andares.

CMR (Cabo Metálico Riser) e COR (Cabo Óptico Riser)
Características principais:
- Apresenta desempenho superior na prevenção da propagação vertical de chamas, sendo uma opção mais segura para instalações verticais em comparação com o CM e COG.
- A capa é feita de materiais avançados, como PVC modificado ou polímeros especiais, que oferecem maior resistência ao fogo e menor emissão de fumaça.
- É submetido a testes de chama vertical rigorosos (UL 1666), que simulam condições de incêndio em shafts verticais e avaliam a capacidade do cabo de impedir a propagação das chamas ao longo do shaft.
- Apresenta menor emissão de fumaça em comparação com o CM/COG, o que contribui para melhorar a visibilidade e reduzir os riscos em caso de incêndio.
Aplicações e limitações:
- Ideal para shafts verticais em edifícios altos, onde a propagação vertical das chamas é uma preocupação crítica.
- Pode ser utilizado em backbones verticais em edifícios comerciais, residenciais ou industriais, conectando os principais equipamentos de rede em diferentes andares.
- Recomendado para instalações em tubulações com pouca ocupação, onde a ventilação é maior e o risco de superaquecimento é menor.
- Não é adequado para uso em plenums ou locais com fluxo de ar forçado, pois não atende aos requisitos de baixa emissão de fumaça e toxicidade exigidos para esses espaços.
Identificação:
- Em cabos de par trançado, é usada a identificação “CMR”.
- Em fibras ópticas, é usada a designação “COR”.
- Em fibras ópticas importadas, as designações “OFNR” (não condutivos) ou “OFCR” (condutivos) também podem ser utilizadas para indicar cabos com proteção semelhante ao COR.
Exemplo de uso:
- Backbone de rede vertical em um hospital de 20 andares, conectando a sala de servidores no subsolo aos switches de distribuição em cada andar. Nesse caso, o cabo CMR ou COR é essencial para garantir a segurança da rede em caso de incêndio.
- Instalação de sistemas de alarme de incêndio em um edifício comercial, com os cabos passando por shafts verticais para conectar os detectores de fumaça e os painéis de controle em diferentes andares.

CMP (Cabo Metálico Plenum) e COP (Cabo Óptico Plenum)
Características principais:
- Oferece a mais alta proteção contra propagação de chamas e emissão de fumaça, sendo a opção mais segura para instalações em plenums.
- A capa é feita de materiais altamente avançados, como fluoropolímeros (e.g., PVDF, FEP), que são inerentemente não inflamáveis e emitem quantidades mínimas de fumaça tóxica quando expostos ao calor.
- É submetido ao teste de Steiner Tunnel (NFPA 262), que avalia a capacidade do cabo de resistir à propagação das chamas e à emissão de fumaça em um ambiente simulado de plenum.
- Possui requisitos rigorosos para densidade e toxicidade da fumaça emitida, garantindo que a fumaça produzida em caso de incêndio não represente um risco significativo para a saúde humana.
Aplicações e limitações:
- Essencial para instalações horizontais em espaços de plenum ou confinados, como acima de tetos suspensos ou abaixo de pisos elevados, que são utilizados para circulação forçada de ar em sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC) não dutados.
- Recomendado para data centers e ambientes de missão crítica, onde a segurança contra incêndios é uma prioridade máxima.
- Pode ser utilizado em edifícios com sistemas HVAC complexos, onde a circulação de ar é intensa e a propagação de fumaça pode ser rápida.
- Apresenta custo elevado e possível rigidez do cabo, o que pode dificultar a instalação em espaços confinados.
Identificação:
- Em cabos de par trançado, é usada a identificação “CMP”.
- Em fibras ópticas, é usada a designação “COP”.
- Em fibras ópticas importadas, as designações “OFNP” (não condutivo) ou “OFCP” (condutivo) também podem ser utilizadas para indicar cabos com proteção semelhante ao COP.

Exemplo de uso:
- Instalação no espaço acima do forro em um moderno edifício de escritórios com sistema de ar condicionado centralizado. Nesse caso, o cabo CMP ou COP é obrigatório para garantir a segurança dos ocupantes do edifício em caso de incêndio.
- Cabeamento de rede em um data center, com os cabos passando pelo espaço abaixo do piso elevado para conectar os servidores e os equipamentos de rede.
LSZH (Low Smoke Zero Halogen)
Características principais:
- Minimiza a emissão de fumaça e elimina a liberação de gases halogênios tóxicos, tornando-o uma opção mais segura para ambientes fechados.
- A capa é feita de polímeros especiais livres de halogênios, como poliolefinas modificadas, que não liberam gases corrosivos ou tóxicos quando queimados.
- É submetido a testes de propagação vertical de chama (ABNT NBR NM-IEC 60332-3 ou UL 1685), densidade de fumaça (IEC 61034-1 e IEC 61034-2 ou ABNT NBR 11300), e toxidez dos gases gerados na sua combustão (ABNT NBR 12139).
- Produz quantidades significativamente menores de fumaça em comparação com cabos PVC padrão, o que melhora a visibilidade e facilita a evacuação em caso de incêndio.
Aplicações e limitações:
- Recomendado para ambientes fechados com alta densidade de pessoas, como aeroportos, estações de metrô, hospitais e escolas, onde a segurança contra incêndios é uma prioridade.
- Indicado para instalações horizontais ou verticais (backbones), com ou sem fluxo de ar forçado (plenums).
- Apresenta custo mais elevado e possíveis limitações nas propriedades mecânicas, como flexibilidade e resistência à abrasão.
Identificação:
- A inscrição “LSZH” deve estar claramente visível na capa do cabo, seja ele metálico ou óptico, indicando que o cabo atende aos requisitos da classificação LSZH.
Exemplo de uso:
- Infraestrutura de rede completa em um grande hospital universitário, desde o data center até os pontos de acesso nos quartos dos pacientes. Nesse caso, o cabo LSZH é essencial para garantir a segurança dos pacientes e funcionários em caso de incêndio.
- Cabeamento de sistemas de segurança em uma estação de metrô, com os cabos passando por túneis e áreas de grande circulação de pessoas.

LSZH-1
Características principais:
- Representa uma variação da classificação LSZH com requisitos menos rigorosos que estes.
- A capa é feita de materiais que combinam baixa emissão de fumaça, zero halogênios e retardamento de chama, como o LSZH.
- É submetido a testes de propagação vertical de chama (ABNT NBR NM-IEC 60332-1 ou UL 1581), densidade de fumaça (IEC 61034-1 e IEC 61034-2 ou ABNT NBR 11300), e toxidez dos gases gerados na sua combustão (ABNT NBR 12139).
- O LSZH-1 tem características similares ao CMX, mas com o acréscimo dos testes de densidade de fumaça e toxidez dos gases gerados em sua combustão.
Aplicações e limitações:
- A região exposta do cabo, ou seja, a parte não protegida por conduítes ou outros revestimentos não inflamáveis, não pode exceder 3 metros de comprimento. Isso visa limitar a quantidade de material inflamável exposto em caso de incêndio.
- O diâmetro externo do cabo não pode ser superior a 6,4 mm.
- Ideal para aplicações em tubulações metálicas onde não há concentração de cabos, com ou sem fluxo de ar forçado (plenums).
- Apropriado para ambientes com grande afluência de público.
Identificação:
- A inscrição “LSZH-1” deve estar claramente visível na capa do cabo, indicando que o cabo atende aos requisitos da classificação LSZH-1.
Exemplo de uso:
- Infraestrutura de comunicação e sinalização em um sistema de metrô subterrâneo de uma grande metrópole. Nesse caso, o cabo LSZH-1 é essencial para garantir a segurança dos passageiros e funcionários em caso de incêndio.
- Cabeamento de sistemas de controle em um centro de controle de tráfego aéreo, onde a falha de um cabo pode ter consequências graves.

LSZH-3, o Controverso!
A norma NBR 14705 não possui tal designação de inflamabilidade para cabo interno de telecomunicações! A designação “LSZH-3” é utilizada em cabos de telecomunicações pelos fabricantes que desejam ressaltar o fato de que seus cabos passam pelos ensaios de propagação vertical da chama conforme a norma ABNT NBR NM-IEC 60332-3 (note o “-3” ao final do nome, designando a parte da norma, e que dá o nome LSZH-3). Porém, todos os cabos que recebem no Brasil a designação LSZH já devem ser avaliados conforme essa norma (veja mais acima)!
Mas há uma particularidade. Há quatro categorias definidas na série ABNT NBR NM-IEC 60332-3, para uso geral:
- Categoria A: testes realizados conforme a parte 3-22.
- Categoria B: testes realizados conforme a parte 3-23.
- Categoria C: testes realizados conforme a parte 3-24.
- Categoria D: testes realizados conforme a parte 3-25.
E o que muda entre eles? Basicamente, o volume de cabos testados e o tempo de aplicação da chama:
Nome Usual (parte da norma) | Volume de ensaio (l/m) | Tempo de aplicação da chama (min) |
LSZH-3A (3-22) | 7 | 40 |
LSZH-3B (3-23) | 3,5 | 40 |
LSZH-3C (3-24) | 1,5 | 20 |
LSZH-3D (3-25) | 0,5 | 20 |
Em todos eles, como resultado final, a extensão máxima da porção carbonizada, após a aplicação da chama, não deve alcançar uma altura superior a 2,5 metros acima da borda inferior do queimador.
Com tudo isso exposto, podemos concluir que:
- Todo cabo nacional com a marcação LSZH se refere ao popular “LSZH-3”.
- Nem todo cabo LSZH (ou “classificado” como LSZH-3) é igual, depende da sua categoria, de A a D
- Cabos de categoria A são mais resistentes à propagação vertical da chama que os da categoria B, que são mais resistentes que os “C”, por sua vez mais resistentes que os “D”.
Só para deixar claro, os cabos LSZH-1 (já explicados mais acima) são testados quanto à propagação vertical de chama conforme a norma ABNT NBR NM-IEC 60332-1, ou seja, quanto à parte 1 e não à parte 3. A 60332-1 é bem menos rígida, sendo aplicável apenas a cabos isolados, com tempos bem menores de aplicação da chama.
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Aplicações e Restrições
A escolha do cabo adequado para cada instalação é crucial para garantir não apenas o desempenho da rede, mas também a segurança dos ocupantes e a proteção do patrimônio. Uma seleção inadequada pode resultar em riscos significativos, desde a propagação rápida de incêndios até a emissão de gases tóxicos que podem comprometer a evacuação e a saúde das pessoas. Nesta seção, exploraremos as considerações práticas para a seleção e aplicação dos diferentes tipos de cabos, bem como as restrições que devem ser observadas, garantindo uma instalação segura e em conformidade com as normas.
Considerações para escolha do cabo adequado
1. Avaliação do risco de incêndio:
- Tipo de edificação: Residencial, comercial, industrial, hospitalar, data center, etc. Cada tipo de edificação apresenta riscos distintos que devem ser considerados. Por exemplo, um data center, com sua alta concentração de equipamentos eletrônicos, tem uma carga de incêndio significativamente maior do que um edifício residencial.
- Altura do edifício: Edifícios altos requerem cabos com maior resistência à propagação vertical de chamas. A norma ABNT NBR 5410 estabelece requisitos específicos para instalações elétricas em edifícios, incluindo a seleção de cabos com características de não propagação e autoextinção do fogo.
- Ocupação: A densidade e o tipo de ocupantes influenciam na escolha do cabo. Edifícios com alta densidade de pessoas, como escolas e hospitais, exigem cabos com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos para facilitar a evacuação em caso de incêndio.
- Presença de materiais inflamáveis: Ambientes com maior carga de incêndio exigem cabos mais seguros. Indústrias químicas, depósitos de materiais inflamáveis e áreas de armazenamento de produtos perigosos necessitam de cabos com alta resistência ao fogo e baixa emissão de fumaça.
2. Análise das características do ambiente:
- Ventilação: Espaços com fluxo de ar forçado, como plenums (espaços utilizados para retorno ou distribuição de ar), requerem cabos específicos (CMP – Communications Multipurpose Plenum). Cabos CMP são projetados para minimizar a emissão de fumaça e gases tóxicos quando queimados, evitando a contaminação do sistema de ventilação.
- Umidade: Ambientes úmidos podem exigir cabos com proteção adicional contra água. Cabos com revestimentos resistentes à umidade e à corrosão, como cabos com capa de polietileno (PE), são adequados para áreas externas, subterrâneas ou com alta umidade relativa do ar.
- Exposição a produtos químicos: Alguns ambientes podem requerer cabos com resistência química específica. Indústrias químicas, laboratórios e áreas de processamento de alimentos podem exigir cabos com revestimentos resistentes a ácidos, bases, solventes e outros produtos químicos agressivos.
- Temperatura: Ambientes com variações extremas de temperatura podem necessitar de cabos especiais. Cabos com isolamento de silicone ou outros materiais resistentes a altas temperaturas são utilizados em fornos industriais, câmaras frigoríficas e outras aplicações com temperaturas extremas.
3. Normas e regulamentações locais:
- Códigos de construção: Muitas cidades têm requisitos específicos para cabeamento em diferentes tipos de edificações. É fundamental consultar os códigos de construção locais e as normas técnicas aplicáveis para garantir a conformidade da instalação.
- Normas do Corpo de Bombeiros: Podem exigir tipos específicos de cabos em certas áreas do edifício. O Corpo de Bombeiros pode exigir a utilização de cabos com características de não propagação de chamas e baixa emissão de fumaça em rotas de fuga, escadas de emergência e outras áreas críticas.
- Regulamentações setoriais: Indústrias específicas podem ter requisitos adicionais de segurança. A indústria de petróleo e gás, por exemplo, pode exigir a utilização de cabos com certificação à prova de explosão em áreas classificadas como perigosas.
4. Custo-benefício da escolha do cabo:
- Custo inicial vs. custo de longo prazo: Cabos mais seguros podem ser mais caros inicialmente, mas oferecem maior proteção e durabilidade. A análise do ciclo de vida do cabo, considerando os custos de instalação, manutenção, substituição e os riscos associados a falhas, pode justificar o investimento em cabos de maior qualidade.
- Custos de seguro: A escolha de cabos mais seguros pode resultar em prêmios de seguro mais baixos. Seguradoras podem oferecer descontos para edifícios com sistemas de proteção contra incêndios mais eficientes, incluindo o uso de cabos com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos.
- Custos de manutenção: Cabos de melhor qualidade podem requerer menos manutenção ao longo do tempo. Cabos com revestimentos resistentes à abrasão, à umidade e a produtos químicos podem ter uma vida útil mais longa e exigir menos intervenções de manutenção.
Exemplos de aplicações específicas
1. Data Centers:
- Recomendação: CMP/COP ou LSZH.
- Justificativa: Ambientes críticos que requerem máxima proteção contra incêndios e mínima emissão de fumaça. A rápida detecção e supressão de incêndios são essenciais para evitar a perda de dados e a interrupção dos serviços.
- Exemplo: Um data center de Tier IV utilizando cabos CMP para todas as conexões sob o piso elevado, garantindo conformidade com as normas mais rigorosas de segurança contra incêndios (como a NFPA 75) e minimizando o risco de danos aos equipamentos sensíveis. Além disso, a utilização de sistemas de detecção precoce de incêndio (VESDA) e supressão com gases inertes (FM-200) complementa a proteção.
2. Hospitais:
- Recomendação: LSZH.
- Justificativa: Ambientes com pacientes de mobilidade reduzida, onde a evacuação rápida pode ser desafiadora. A emissão de fumaça tóxica pode dificultar a evacuação e agravar as condições de pacientes com problemas respiratórios.
- Exemplo: Um hospital universitário utilizando cabos LSZH para toda a infraestrutura de rede, desde o centro cirúrgico até os quartos dos pacientes, minimizando os riscos em caso de incêndio. A implementação de um plano de evacuação detalhado e o treinamento regular da equipe são cruciais para garantir a segurança dos pacientes e funcionários.
3. Edifícios de Escritórios:
- Recomendação: CM/COG para instalações gerais, CMR/COR para shafts verticais, CMP/COP para plenums.
- Justificativa: Diferentes áreas do edifício requerem níveis variados de proteção. A escolha do cabo deve considerar a densidade de ocupação, a altura do edifício e a presença de plenums.
- Exemplo: Um edifício corporativo de 30 andares utilizando cabos CM para cabeamento horizontal em cada andar, CMR ou COR para o backbone vertical principal e CMP ou COP nos espaços de plenum para distribuição do ar condicionado. A instalação de sprinklers e sistemas de detecção de fumaça em todo o edifício complementa a proteção contra incêndios.
4. Instalações Industriais:
- Recomendação: LSZH ou LSZH-1, dependendo do nível de risco.
- Justificativa: Ambientes com potencial presença de produtos químicos ou processos de alto risco. A emissão de gases tóxicos pode representar um risco significativo para a saúde dos trabalhadores e para o meio ambiente.
- Exemplo: Uma refinaria de petróleo utilizando cabos LSZH-1 para todos os sistemas de controle e comunicação, instalados em tubulação metálica, garantindo máxima segurança em um ambiente com alto risco de incêndio. A implementação de um sistema de gestão de segurança rigoroso e o treinamento constante dos funcionários são essenciais para prevenir acidentes.
- Importante: Cabos LSZH-1 não podem ficar expostos por mais de 3 metros!
5. Sistemas de Transporte:
- Recomendação: LSZH.
- Justificativa: Túneis, metrôs e outras instalações de transporte requerem o mais alto nível de segurança devido à dificuldade de evacuação. A emissão de fumaça tóxica pode dificultar a evacuação e comprometer a visibilidade, aumentando o risco de acidentes.
- Exemplo: Um sistema de metrô subterrâneo utilizando cabos LSZH para toda a infraestrutura de sinalização e comunicação, garantindo mínima emissão de fumaça tóxica em caso de incêndio. A instalação de sistemas de ventilação de emergência e a implementação de um plano de evacuação detalhado são cruciais para garantir a segurança dos passageiros.
Considerações adicionais
1. Instalação correta:
- A eficácia dos cabos de segurança depende de sua instalação adequada. Uma instalação inadequada pode comprometer a integridade do cabo e reduzir sua capacidade de resistir ao fogo.
- Utilizar métodos de fixação e suporte apropriados para cada tipo de cabo. A utilização de abraçadeiras e suportes adequados evita o estresse excessivo no cabo e garante sua durabilidade.
- Respeitar os raios de curvatura mínimos especificados pelo fabricante. A curvatura excessiva do cabo pode danificar o isolamento e comprometer seu desempenho.
2. Manutenção e inspeção:
- Realizar inspeções periódicas para verificar a integridade dos cabos e de sua instalação. A inspeção visual dos cabos pode identificar sinais de desgaste, danos ou corrosão.
- Substituir cabos danificados ou degradados para manter o nível de segurança. A substituição de cabos danificados garante a continuidade da proteção contra incêndios.
3. Documentação:
- Manter registros detalhados dos tipos de cabos utilizados em cada área da instalação. A documentação detalhada facilita a identificação dos cabos e a realização de inspeções e manutenções.
- Documentar as justificativas para a escolha de cada tipo de cabo. A documentação das justificativas garante que a escolha dos cabos seja baseada em critérios técnicos e de segurança.
4. Treinamento:
- Capacitar a equipe de instalação e manutenção sobre as características e requisitos de cada tipo de cabo. O treinamento adequado garante que a equipe esteja familiarizada com os procedimentos de instalação, inspeção e manutenção dos cabos.
- Educar os ocupantes do edifício sobre a importância dos cabos de segurança e como identificar possíveis problemas. A educação dos ocupantes aumenta a conscientização sobre a segurança contra incêndios e incentiva a identificação de problemas potenciais.
5. Integração com outros sistemas de segurança:
- Considerar como o cabeamento interage com outros sistemas de segurança contra incêndios, como sprinklers e sistemas de detecção de fumaça. A integração dos sistemas de segurança garante uma resposta coordenada e eficiente em caso de incêndio.
- Garantir que a escolha dos cabos não comprometa a eficácia de outros sistemas de segurança. A escolha de cabos inadequados pode interferir no funcionamento de outros sistemas de segurança, como os sistemas de detecção de fumaça.
Importância da Conformidade com a NBR 14705
A conformidade com a NBR 14705 é crucial para a segurança e qualidade das instalações de telecomunicações, impactando diretamente a proteção de vidas, a integridade do patrimônio e a continuidade dos serviços.
Razões para a conformidade
- Segurança dos ocupantes: Minimiza riscos de propagação de incêndios e emissão de fumaça tóxica, que podem ser fatais. A norma estabelece requisitos rigorosos para materiais e métodos de instalação que retardam a chama e reduzem a emissão de gases tóxicos, aumentando o tempo de evacuação em caso de emergência.
- Proteção do patrimônio: Reduz danos causados por incêndios, protegendo equipamentos caros e infraestruturas críticas. A conformidade garante que as instalações de telecomunicações sejam projetadas e construídas para resistir ao fogo por um período determinado, limitando a propagação das chamas e minimizando os prejuízos financeiros.
- Conformidade legal e regulatória: Essencial para alvarás e aprovações do Corpo de Bombeiros, bem como para atender a requisitos de seguradoras e órgãos fiscalizadores. A não conformidade pode resultar em multas pesadas, interdição da instalação e até mesmo em processos judiciais.
- Responsabilidade social corporativa: Demonstra compromisso com segurança e bem-estar dos funcionários, clientes e da comunidade em geral. A conformidade com a norma demonstra que a empresa se preocupa com a segurança e está disposta a investir em medidas de proteção contra incêndios.
Consequências da não conformidade
- Riscos legais e financeiros: Multas, penalidades e responsabilidade civil em caso de acidentes. A não conformidade pode levar a processos por negligência, com indenizações elevadas para vítimas de incêndio ou outros incidentes relacionados à falta de segurança.
- Impactos na segurança: Aumento do risco de incêndios e emissão de fumaça tóxica, colocando em perigo a vida de pessoas e animais. Materiais não conformes podem propagar o fogo rapidamente e liberar gases tóxicos que dificultam a evacuação e causam danos à saúde.
- Danos à reputação: Publicidade negativa e perda de confiança dos clientes e parceiros. Um incêndio em uma instalação de telecomunicações pode gerar notícias negativas e prejudicar a imagem da empresa, afetando seus negócios e sua capacidade de atrair novos clientes.
- Custos operacionais elevados: Maior frequência de manutenção e substituição de equipamentos danificados por incêndio ou outros problemas relacionados à não conformidade. A substituição de cabos e equipamentos danificados pode ser muito cara, além de gerar interrupções nos serviços.
- Dificuldades com seguros: Aumento de prêmios ou recusa de cobertura em caso de sinistros. As seguradoras podem se recusar a pagar indenizações por danos causados por incêndios em instalações não conformes, deixando a empresa responsável por todos os prejuízos.
Melhores práticas para garantir conformidade
- Planejamento e projeto: Envolver especialistas em segurança contra incêndio e telecomunicações desde o início do projeto. Realizar uma análise de riscos detalhada para identificar os perigos potenciais e definir as medidas de proteção adequadas.
- Seleção de materiais: Usar componentes certificados por órgãos competentes, como cabos com baixa emissão de fumaça (LSZH – Low Smoke Zero Halogen) e equipamentos com proteção contra sobrecarga e curto-circuito. Exigir certificados de conformidade dos fornecedores e verificar a autenticidade dos selos de qualidade.
- Instalação e manutenção: Treinar equipes de instalação e manutenção para seguir as normas técnicas e os procedimentos de segurança. Implementar um programa de manutenção preventiva para verificar o estado dos equipamentos e cabos, identificar e corrigir problemas antes que causem acidentes.
- Documentação e rastreabilidade: Manter registros detalhados de todos os materiais utilizados, os procedimentos de instalação e manutenção, e os resultados das inspeções e testes. Utilizar um sistema de gerenciamento de documentos para facilitar o acesso e a organização das informações.
- Auditorias e inspeções regulares: Realizar verificações internas e externas para garantir a conformidade com a NBR 14705 e outras normas aplicáveis. Contratar empresas especializadas em auditorias de segurança contra incêndio para identificar pontos fracos e recomendar melhorias.
- Atualização contínua: Acompanhar as revisões da norma e outras regulamentações relevantes, e adaptar as instalações e os procedimentos de acordo com as novas exigências. Participar de cursos e treinamentos para manter-se atualizado sobre as melhores práticas de segurança.
- Integração com outros sistemas de segurança: Coordenar com sistemas de detecção e supressão de incêndio, sistemas de alarme e evacuação, e sistemas de controle de acesso. Garantir que todos os sistemas estejam integrados e funcionando corretamente em caso de emergência.
- Educação e conscientização: Promover programas de educação e conscientização sobre segurança contra incêndio para todos os funcionários, incluindo treinamentos teóricos e práticos, simulados de evacuação e campanhas de comunicação interna.
Tendências futuras e desafios
- Evolução tecnológica: Adaptar-se a novas tecnologias como 5G e IoT, que exigem novas soluções de segurança e proteção contra incêndio. Desenvolver e implementar normas e padrões para garantir a segurança das novas tecnologias.
- Sustentabilidade: Equilibrar segurança com preocupações ambientais, utilizando materiais e tecnologias que sejam ecologicamente corretos e que reduzam o impacto ambiental das instalações de telecomunicações. Optar por cabos e equipamentos com baixo consumo de energia e que sejam recicláveis.
- Integração com smart buildings: Incorporar conformidade em sistemas de gerenciamento predial, que monitoram e controlam todos os aspectos da segurança e do desempenho dos edifícios. Utilizar sensores e sistemas de monitoramento para detectar e responder a incidentes de forma rápida e eficiente.
- Harmonização internacional: Alinhar com normas globais, como as normas da IEC (International Electrotechnical Commission) e da NFPA (National Fire Protection Association), para facilitar o comércio e a colaboração internacional. Adotar as melhores práticas de segurança utilizadas em outros países.
A conformidade com a NBR 14705 é essencial para a segurança, confiabilidade e responsabilidade corporativa, exigindo uma abordagem proativa e compromisso contínuo com as melhores práticas de segurança em telecomunicações. A implementação de um programa abrangente de segurança contra incêndio, que inclua todas as medidas mencionadas acima, é fundamental para proteger vidas, patrimônio e a reputação da empresa.
Conclusão
A segurança contra incêndios em instalações de cabeamento estruturado é crucial e frequentemente subestimada. A norma NBR 14705 estabelece critérios rigorosos para a classificação e uso de cabos internos, minimizando riscos de propagação de chamas e emissão de fumaça tóxica. A conformidade exige uma abordagem holística, incluindo planejamento cuidadoso, seleção criteriosa de materiais, instalação profissional, manutenção regular e educação contínua. A escolha de materiais retardantes de chama para cabos e componentes é essencial, assim como a instalação sem tensões excessivas e conexões corretas. A manutenção regular e a educação dos técnicos são fundamentais para prevenir incêndios. Além disso, a colaboração com stakeholders e a realização de auditorias regulares garantem a conformidade e a implementação de melhores práticas.
Parabéns pelo artigo Marcelo.
Valeu, Luis! Obrigado pelo apoio!
Valeu, Luis! Muito obrigado pelo apoio!